Dados do Trabalho

Título

SUBSTRATOS PETROLÍFEROS NO CRESCIMENTO DE MUDAS DE TABEBUIA ROSEOALBA

Resumo

No contexto da atual crise de insumos agrícolas, faz-se indispensável a busca por alternativas aos materiais amplamente utilizados. Assim, esse trabalho teve por objetivo estudar o reaproveitamento de resíduos petrolíferos na produção de mudas nativas como componente de substrato. Foram utilizadas diferentes doses de cascalho (resíduos minerais provenientes da abertura de poços de extração de petróleo) onshore (ON), offshore pré-sal (OFFPré) e pós-sal (OFFPós) e substrato comercial (SC) orgânico (Mecplant). Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado (DIC), com dez tratamentos (T1 – 100% SC; T2, T3 e T4 – doses crescentes de cascalho ON; T5, T6 e T7 doses crescentes OFFPré; T8, T9 e T10 doses crescentes OFFPós), sendo as doses 2,5%, 5% e 10%. Cada tratamento foi composto por 5 repetições e cada repetição com 10 mudas, totalizando 500 mudas. As sementes de Tabebuia roseoalba foram semeadas em areia lavada e repicadas para tubetes (280 cm3) após 15 dias da germinação. A cada 30 dias determinou-se a altura (H) e o diâmetro do coleto (DC), com auxílio de regra milimétrica e paquímetro digital, respectivamente, até 120 dias de crescimento das mudas. Os dados foram submetidos à análise no software R e comparados com emprego do teste não-paramétrico (Kruskal Wallis, 5%). Todas as doses dos cascalhos ON e OFFPós proporcionaram crescimento em H superior ou igual as mudas produzidas no controle (T1), aos 120 dias, já para DC, as doses de 2,5% e 10% de cascalho ON e OFFPós, foram significativamente maiores. As mudas produzidas com cascalho OFFPré, foram menores (p < 0,05) em H e DC para todas as medições. Conclui-se que, para as variáveis analisadas, os cascalhos ON e OFFPós, proporcionaram crescimento superior ou semelhante ao substrato comercial, evidenciando potencial para uso na produção de mudas de T. roseoalba.

Palavras-chave

Palavras chaves: reciclagem, destinação sustentável, substrato, espécies nativas

Instituição financiadora

PETROBRAS e FAPERJ.

Agradecimentos

Programa de Pós-Graduação em Agronomia – Ciência do Solo (PPGA-CS) e PETROBRAS.