Dados do Trabalho
Título
ESTIMATIVA DA ERODIBILIDADE DO SOLO SOB CONVERSÃO DE FLORESTAS NATIVAS NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Resumo
Na Amazônia, o processo de conversão de áreas de vegetação nativa em áreas de cultivo agrícola vem se destacando. Com isso, é importante entender o comportamento erosivo nestes sistemas através da quantificação das perdas de solo, o qual é analisada sob o conceito específico de erodibilidade, que expressa a suscetibilidade do solo em sofrer à erosão. Este trabalho teve como objetivo estimar a erodibilidade do solo em áreas de floresta nativa e em plantios de Bertholletia excelsa Bonpl. em diferentes estágios de desenvolvimento na Amazônia Ocidental. Foram avaliadas três áreas, sendo uma de floresta nativa (FN) e dois povoamentos de B. excelsa, com idade de 3 (CA03) e 25 anos (CA25), nestas áreas foram estabelecidas malhas de 70x70m e a coleta das amostras se deu no ponto de cruzamento destas, na profundidade de 0,00-0,20 m, totalizando 64 pontos amostrais por área estudada. Foram realizadas as análises de textura do solo e carbono orgânico afim de estimar a matéria orgânica do solo (MOS) para determinação da erodibilidade através do modelo USLE (Universal Soil Loss Equation). Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e pelo teste t Student (p< 0,05). As áreas cultivadas não interferiram na erodibilidade, o mesmo variou de 3,18 x 10-2 a 3,25 x 10-2 t ha-1 MJ-1 mm-1 ha, sendo estes classificados como alta erodibilidade. Deste modo, é possível afirmar que a classificação textural encontrada (muito argilosa) influenciou na maior suscetibilidade das respectivas áreas. Quanto ao teor de MOS, a área de CA25 apresentou maiores valores quando comparado com as demais áreas. Os cultivos de B. excelsa não apresentaram efeito na erodibilidade global em relação aos valores encontrados na floresta, todavia, o alto teor de MOS encontrado na área de cultivo mais estabelecido demonstra que cultivos com maior tempo de implantação, o mesmo pode aumentar ou igualar os teores de MO de uma floresta nativa, favorecendo desta forma a qualidade do solo.
Palavras-chave
Solos Amazônicos; Plantio Florestal; Erosão Hídrica.
Instituição financiadora
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM)
Agradecimentos
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), à Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM), e Governo do Estado do Amazonas.
Área
Divisão 3 – Uso e Manejo do Solo: Comissão 3.3 – Manejo e Conservação do Solo e da Água
Autores
NOEME COSTA SANTOS, JAMILE SOUZA CAMPOS, LUIS ANTONIO COUTRIM SANTOS, ROMÁRIO PIMENTA GOMES, LOHANNE VITOR CARVALHO, ALEXANDRE GOMES OLIVEIRA, JAYLENE MARQUES SILVA